30.1.10

Fustigada.

27.1.10

Coração Buarquiano

Eu quero contar a história de um menino-velho
que resolve dar amor à uma menina-moça
e ao conviver com ele,
ela começa achar que é errado querer correr.
Mas aí, ela conhece um homem-rapaz
que disse gostar de viver.
E ao ouvir tal ousadia
ela começa a enxergar todos os olhos,
o amor do menino-velho começa daí
ficar como casa num campo distante,
de um mundo também distante...
A menina-moça começa querer partir,
e a ficar bonita
e aflita para abandoná-lo.
O menino-velho, nessa história,
vai ficar surpreso
e um pouco triste.
O menino velho perde o tempo achando
que a menina-moça
era uma menina-velha-criança,
mas nunca moça.
É nessa hora que ele
vai perceber que
a menina-moça era uma visita,
que ele amava como seu velho coração.
A menina-moça vai anunciar sua fuga
e o menino-velho enfim, diz sobre a vida pra ela.
Ele dirá:
Vai,
que a vida não passa de um dia!
Corre,
que a vida não espera!

A menina-moça afrouxa um sorriso alegre
e vai,
correndo comemorar
todas as virgindades perdidas.
E o menino-velho vai vê-la correr
e dirá, pra si querendo que fosse para a menina-moça:
Anda,
Pois eu só teria
A minha agonia
Pra te oferecer.


E a história eu queria que fosse contada só até aí...



(feita para brincar de interpretar as músicas de Chico, a meu modo, claro!)

25.1.10

Meu sanque errou de veia e se perdeu...

21.1.10

Homens

-Porra! Como tá difícil chupar essa laranja!
-Geo, difícil é essa laranja te chupar.

(muitas risadas)

-Tem uma frase de Machado de Assis que ele diz assim: "O homem é metafisicamente uma laranja." - O cara é doido, Caio!
-Ah, Geo! Então eu sou um homem-abóbora: as mulheres só me chupam quando eu fico doce...


(infinitas gargalhadas)

Métodos particulares para chorar menos.

E por um tempo eu vou ficar com o pouco, aos poucos.
Até que tudo caiba no meu ser,
até que me inventem melhor,
até eu me afastar do ponto
e ir além da metade.
Até eu me decidir entre
o casamento e o carnaval.

E que até lá,
roubem menos meu silêncio,
mordam menos minha carne,
infartem menos meu coração,
poupem-me do iê-iê-iê.
Pro meu tempo
ter tempo
de ser meu.

Até...
o desespero não mais me escutar.


"Então eu te disse que o que doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exata. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse."
(Caio F.)

17.1.10

E o que não sei mais.



-Acabou.
-Acabou o quê?!
-Quero dizer, diminuiu.
-Diminuiu o quê?!
-O amor.
-E o que sentiu?
-Eu senti.
-Sentiu?
-É, eu senti; antes, não sentia.
-O amor de dentro ou o amor de fora?
-O amor de fora.
-E...
-Senti um pouco de vergonha; um peso de cinco balãozinhos, mas ainda ainda um peso; vi a fraqueza; senti o coração dançando valsa com passos curtos, lentinho.
-Mas então, o amor aumentou!
-Não, diminuiu.
-Como? Quando nasce, não se sentes assim?
-Também. Mas dessa vez, morreu. Quero dizer, diminuiu...
-E sentes mais o que?
-Eu sinto tudo que antes não sentia. Eu agora, enxergo.
-O amor era cego?!
-O amor é cego.
-E o amor de dentro?
-Era cego.
cheia de falsos problemas.