Estou dançando,
pareço leve,
apareçe um monstro,
me pegou pelas pernas,
e agora me engole:
Oh meu Deus, sou transparente
e corrosiva.
O monstro está queimando a língua,
desci ardente
desci menina.
O meu monstro é maior do que eu,
mas desapareçemos
porque somos nuvens...
d.
24.1.11
22.1.11
.Relatório II
Do jeito mais triste e lento
.
vesti o meu vestido de tudo, de quase luto,
longe, longo, elegante e escuro.
Onde é a festa hoje?
Onde eu farei a festa-de-cada-dia
se em mim tudo tem pressa? E ela
é triste que só... e eu.
Quando eu... quando que eu vou?
Fico aqui de festa triste esperando ônibus encontro estiagem de choro que requer espera porque dá pra esperar do meu jeito escasso de palavras estranho jeito engraçado jeito de amar de vestir vestido e continuar tão nua de pouco consolo alguma alegria querida quero tanto...
Eu te espero.
Eu te espero lenta.
Nos espere festa... lentíssima festa...
.
12.1.11
5.1.11
.Relatório
Direcionada (ou não)
é a mesma cansada pressa, dessas
de fazer esquecer como se respira
o ar que por dentro passeia,
eficaz morfina.
A pressa é vício de quem quer escapar.
Derreter-se,
calar...
Desamarrar
Desde dessa escrita caótica,
que tem vontade própria de acabar,
ao tempo
que também é percebido
como caos...
Desde então...
tudo aqui é pressa.
E a pressa é cheia de enganos.
é a mesma cansada pressa, dessas
de fazer esquecer como se respira
o ar que por dentro passeia,
eficaz morfina.
A pressa é vício de quem quer escapar.
Derreter-se,
calar...
Desamarrar
Desde dessa escrita caótica,
que tem vontade própria de acabar,
ao tempo
que também é percebido
como caos...
Desde então...
tudo aqui é pressa.
E a pressa é cheia de enganos.
[estou cansada dessa]
................................................................................
Exilada do;
que é teu mundo
que é vento,
isso que balança,
transeunte
vadio, antigo.
que é teu mundo
que é vento,
isso que balança,
transeunte
vadio, antigo.
Fernando Pessoa - Álvaro de Campos
Tenho dó das estrelas
Luzindo há tanto tempo,
Há tanto tempo...
Tenho dó delas.
Não haverá um cansaço
Das coisas,
De todas as coisas,
Como das pernas ou de um braço?
Um cansaço de existir,
De ser,
Só de ser
O ser triste brilhar ou sorrir...
Não haverá, enfim,
Para as coisas que são,
Não a morte, mas sim
Uma outra espécie de fim,
Ou uma grande razão -
Qualquer coisa assim
Como um perdão?
Luzindo há tanto tempo,
Há tanto tempo...
Tenho dó delas.
Não haverá um cansaço
Das coisas,
De todas as coisas,
Como das pernas ou de um braço?
Um cansaço de existir,
De ser,
Só de ser
O ser triste brilhar ou sorrir...
Não haverá, enfim,
Para as coisas que são,
Não a morte, mas sim
Uma outra espécie de fim,
Ou uma grande razão -
Qualquer coisa assim
Como um perdão?
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