27.2.14


















carnaval:

sobreposição de máscaras.

[das confissões astro(sem)lógicas - vênus em áries]

meu flerte é uma flecha.


23.2.14

[superfície]

pele pelo

pele pelos pelos

pele sobre pele

pelo roçando pelo
que hoje eu me encontro num silencioso jeito...

http://www.youtube.com/watch?v=9NEd3zUzEyU

20.2.14

[das ciclistas iluminações]

o fim dos tempos e a nova era coexistem: duelo saudável
não acaba um e começa outro
o velho molda o novo
e o novo desconstrói o velho
a vida mata a morte
e já renasce morrendo
- big bang, explosão.



as pessoas falam do fim...
e o fim é infinito
o início é infinito

galileu já descobriu: o mundo é círculo

começar é sempre
terminar é sempre
- repetição divina.



fevereiro, 2014

verão


[bagunça burocrática]

carnê   do   óbito vovó

IPTU

17.2.14

menino-amor.
ciência-exata.
vontade de continuar vivendo.
alegria saudável.
gratidão infinita.
olhos nas mãos e
tato no olhar.
limpeza
e maciez de fruta.
enorme
coluna vertebral
que é base

para toda estrutura humana.
um dia veremos
um dia aprenderemos.



há sempre coisas novas.

ass. frida kahlo






10.2.14

autolar

9.2.14

7.2.14

[autoanálise atualizada]

um pouco mais moça
uma qualidade mais antiga 
de moça

menos fruta
mais lua

menos fada
mais bruxa

menos dona
mais rainha

de si.

a vida há
de me fazer 
nascer
uma mulher mais moça
uma moça mais senhora
uma senhora mas
menina.
todo-dia.


viernes, primavera, 2013.

6.2.14

AVISO

tome termo!
vista terno!

[das confissões astro(sem)lógicas - vênus em áries]

porque não sou feliz enquanto espero, sou feliz arriscando, perdida no meio do escuro, tateando para encontrar a luz.
descobri: eu gosto mesmo é de um abismo.
no abismo a gente voa.


27.11.13

FEICIBUQUI

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daniela lisboa

4.2.14

resistência

eu afirmo
o que você
nêga.
a verdade é que tenho um medo de amar devassador. confesso porque acredito que toda confissão é uma espécie de espelho, porque ao se ver num espelho acontece o reconhecimento, a percepção, mesmo que lenta, de si mesmo. o externo que desperta o interior. a confissão não crucifixa, antes liberta. é meio caminho andado à resolução: a coisa/sentimento torna-se mais conhecido, já é possível buscar suas raízes, sua profundeza, a origem, pistas para encontrar a iluminação, o desatar! então eu confesso: tenho medo de amar. agora confesso que não sei o que fazer dessa confissão. a verdade é que sou econômica nos meus atos e exagerada na imaginação. e ser exagerada na imaginação desacerta meus atos, não tenho equilíbrio. faço tudo errado. parece errado. ou apressado. ou tardio. nunca no tempo certo, descompassada. tenho vontade de dizer isso pro ser amado: tenho medo de te amar. não tenho medo de amar os amigos, os bichos. mas tenho medo de te amar. tenho medo de ser rejeitada, embora eu não creia que há rejeição nas relações, há vida que segue, roda da fortuna, amor que acaba ou nem começa. tenho medo de ser ridícula, de ser poeta, piegas, ser o que eu sou. que horror, quando estou apaixonada tenho medo de ser quem eu sou. isso é grave. é péssimo, gente. e eu gosto de mim, tenho gostado cada dia mais. talvez eu precise de tempo e ficar só e ver se gosto da minha companhia estranha, avoada e boba que acha bonito uma rachadura na parede. dói tanto confessar tenho medo de amar. com toda certeza isso não é escolha, eu não escolhi temer o amor e seus infortúnios. deve ser um processo histórico, deus queira, mais antigo que eu, nasceu da época em que as mulheres talvez nem tinham a oportunidade de conhecer o amor, pois não tinham o poder de escolher seus amados amantes. não tinham a oportunidade de desacertar e consertar e tentar de novo e descasar e piriguetar até encontrar dentro de si os calos de amar e desamar sem medo.
educação sentimental envolve tentativas, risco! preciso enfiar isso na minha cabeça de uma vez por todas: no desconhecido é que mora a graça. não tema o desconhecido, daniela, não tema. porque amor, gente, sentimento, emoção, climatempo, os fins e os começos, a vida, tudo isso é novidade. não queira saber de nada, não queira adivinhar o outro, só queira...



primavera/dezembro, 2013

3.2.14

2 do 2

amor e força, Yemanjá;
paixões alegres, Senhora-Mãe-Rainha da Imensidão;
me faça infinita e inesperada como é sua casa:
de superfície revolta e profundeza calma.
me faça mar, que faço amor.

agradeço o encontro com a correnteza, mas
cuide das minhas águas
serenai meus medos
revire minhas certezas
dai-me à luz.

Odó Iyà