tão bom olhar para as coisas íntimas e sabê-las desgastadas;
é tão bonito olhar a inutilidade ou a utilidade imaterial
das coisas desgastadas:
a vida vivida contida nelas,
as oportunidades em que puderam ser úteis,
o jeito desbotado
e carinhoso como acordam as lembranças.
Mas o bom mesmo das coisas desgastadas é
a capacidade de nos fazer ter olhos respirados para as novidades,
e saber que essas são frutos bem colhidos daquelas
coisas desgastadas...
Vitória da Conquista, 18 de junho de 2014