22.6.14

tão bom olhar para as coisas íntimas e sabê-las desgastadas;
é tão bonito olhar a inutilidade ou a utilidade imaterial 
das coisas desgastadas: 
a vida vivida contida nelas, 
as oportunidades em que puderam ser úteis, 
o jeito desbotado 
e carinhoso como acordam as lembranças. 
Mas o bom mesmo das coisas desgastadas é 
a capacidade de nos fazer ter olhos respirados para as novidades, 
e saber que essas são frutos bem colhidos daquelas
coisas desgastadas...


Vitória da Conquista, 18 de junho de 2014