O ouro do mais fundo está em ti. Em mim, as coisas breves tomam corpo E uma saga de bronze no meu ombro A cada dia se transforma em chaga. Um sol que se contraí sobre o meu rosto. Aves de que não sei a sombra, vi-as Na manhã quando o amor era chama Mas num sopro perdi-as E é grande agonia o que era gozo. Guia-me complacência. Que o instante Não se afaste de mim, antes padeça Desse meu existir e eu não me perca.