14.10.12

Me reconheci:

A FUGA DAS ANDORINHAS

Num céu de prata oxidada,
nem um fiapo de azul...
Toda a fauna, arrepiada pelo frio
embioca-se nas matas e nos grotões.

Extravasam os tanques.
Alargam-se os brejos.
E, na calma cinzenta da terra molhada,

Ouve-se apenas
a monodia da chuva...

É o inverno que chega.
São andorinhas que partem,
buscando novo sol,
querendo nova luz.

Georgina Erismann