19.10.12

Não é só isso III

Fluxo:


TEATRO

Meu pobre antropofagismo
quer
pôr
xícaras
no
bico
dos
seios.


TEATRO (e ainda na onda dos meios)

-lugar de onde se vê
espelho
reflexo
imitação
caricatura
a vida do outro
na sua
lugar de onde se mostra
somente eu
meu eu
seu eu
nossos tormentos
vossos anseios
res peitos
sus
peitos
abrir os poros
as janelas do corpo
a casa e seus chakras...

exercíciode utopia
necessária utopia

O teatro é utopia
porque logo
o mundo é utopia
o corpo é utopia
a língua o silêncio a democracia
a aristrocacia o capitalismo o antropofagismo
o amor livre o amor o livre até as águas poluídas
do Tietê são utopias
Só os sonhos são R$


utopia pianinha
nesse lugar
é amplificada
fragmentada
profunda
cutuca
deixa escapar
flexas, luas e leões

e só
presentificando-se
que é possível recriar
e criar
mundos e
unir versos
onde nada é falso
porque tudo é invenção.



(aos poetas

cláudio willer
e
manuel de barros
que me ensinam
sublimar
o palco.
A vida)