Não sou eu quem me navega.
18.3.10
A chuva decidindo entre ser rala ou forte,
as poças d'água há muito tempo enxutas
crescem, dançam, compõem
junto com os pingos indecisos.
E eu nua, também danço metida.
A pele arrepiada, resoluta.
O coração quentinho, tranquilo
e para dizer que também compus,
como se não bastasse. Deixo
os lábios arrefecidos
contrariando o peito.
Tremem, cantam
igualmente bambos
exibindo frio e sorrisos.
as poças d'água há muito tempo enxutas
crescem, dançam, compõem
junto com os pingos indecisos.
E eu nua, também danço metida.
A pele arrepiada, resoluta.
O coração quentinho, tranquilo
e para dizer que também compus,
como se não bastasse. Deixo
os lábios arrefecidos
contrariando o peito.
Tremem, cantam
igualmente bambos
exibindo frio e sorrisos.
11.3.10
Danielaurélia
Saudade (a - u)
s. f.
Poeta (é)
adj.
s. f.
- O mesmo que infinito.
- fig. O inevitável.
- Lembrança doída ou saborosa de alguém, lugar, essência ou qualquer coisa ausente.
- Por vezes, sentimento de ausência mesmo quando presente.
Poeta (é)
adj.
- Aquele que sente e cria saudade.
- (...)
Vinicius que me perdoe...
Escureço,
tardo,
anoiteço,
ardo.
A oeste
contra quem
cativo:
é meu norte.
Contem:
passo por passo,
eu, ontem.
Nasço,
ando:
-Meu tempo além de ser quando,
é tanto.
tardo,
anoiteço,
ardo.
A oeste
contra quem
cativo:
é meu norte.
Contem:
passo por passo,
eu, ontem.
Nasço,
ando:
-Meu tempo além de ser quando,
é tanto.
Ontem
Por aqui, tudo anda meio morno.
E quando parece acontecer um incêndio,
e restar cinzas,
cai uma neblina sensata, doce e nobre.
Então perpetua o morno,
o suficiente pra não deixar
ninguém bater com os dentes de frio.
De frio, nem o tempo...
Está meio calmo,
assim, de se vê.
Porque por dentro
há um caos de fogo e tempestade.
E desse turbilhão intrínseco,
de particularidades,
o que compartilhamos é
menos transparente
e mais exigente.
Já que a comunicação
é um pouco escassa.
Uma partilha com ar de segredo
e paixão.
O amor, cachorro-abandonado,
procura um outro
abrigo.
E quando parece acontecer um incêndio,
e restar cinzas,
cai uma neblina sensata, doce e nobre.
Então perpetua o morno,
o suficiente pra não deixar
ninguém bater com os dentes de frio.
De frio, nem o tempo...
Está meio calmo,
assim, de se vê.
Porque por dentro
há um caos de fogo e tempestade.
E desse turbilhão intrínseco,
de particularidades,
o que compartilhamos é
menos transparente
e mais exigente.
Já que a comunicação
é um pouco escassa.
Uma partilha com ar de segredo
e paixão.
O amor, cachorro-abandonado,
procura um outro
abrigo.
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